Será que meu filho sofre bullying?
Quem tem filhos em idade escolar certamente tem preocupação com o bullying. Esse comportamento agressivo e relativamente comum costuma ser considerado “coisa de criança”, mas, na verdade, pode trazer consequências ruins a médio ou longo prazo, principalmente na autoestima das vítimas. O bullying ainda é pouco debatido, e por isso ainda continua prejudicando a socialização de crianças e adolescentes.
Um dos pontos mais importantes é saber identificar um possível agressor: geralmente é mais velho (pode até ter repetido algum ano escolar), mais forte e mais alto, tem uma atitude negativa em relação à escola, seu desempenho escolar é baixo, são indisciplinados e podem ter problemas familiares, como pais ausentes.
A criança que é vítima do bullying geralmente é obesa ou magra demais, usa óculos e/ou aparelho dentário. Tem um comportamento introvertido, tem poucos amigos e evita ser foco de atenção. Os pais precisam estar atentos e tentar sempre conversar, mesmo que discretamente, sobre os amigos na escola e sobre o dia a dia deles. A criança que é vítima de bullying dificilmente irá tocar no assunto por vontade própria, pois sofre muita pressão psicológica do agressor.
O bullying praticado entre meninos costuma envolver mais questões físicas, enquanto o que ocorre entre meninas é pautado na violência verbal e ações mais indiretas, como exclusão, fofoca, invenção de boatos etc. Por isso, o bullying feminino pode ser mais difícil de identificar.
É importante ressaltar que bullying jamais pode ser considerado coisa de criança ou deixado de lado. A melhor saída é mostrar que você se importa, seja acolhendo os seus sentimentos ou dizendo que não há nada de errado com. É importante que a criança saiba que eles encontrarão uma solução em conjunto.
Se descobrir que seus filhos sofrem bullying, não haja precipitadamente. Se não houver risco de violência física, procure manter a calma, reunir o máximo de informações possíveis sobre o agressor e alertar a escola. Se houver perigo de agressão física, interfira imediatamente.
Contactar os pais do agressor não é uma medida recomendável, pois a probabilidade deles saírem em defesa do filho é muito grande. O ideal é deixar que a escola faça essa intervenção, seja notificando os pais ou pedindo a presença deles na escola.
Mas e se o seu filho for o agressor? O que fazer?
Nesses casos, um ponto muito importante é não reagir com castigos ou punições, pois isso pode agravar a violência e a agressividade. Ouça a criança e o que ela tem a dizer de forma imparcial. Converse com a escola e reflita sobre as ações do seu filho. Será que ele está querendo chamar a sua atenção por algum motivo?
Experimente matricular seu filho em algum esporte, para que a atividade física ajude a canalizar a raiva e a agressividade. Incentive ele a convidar os amigos para brincar em casa e observe a interação entre eles. Também é muito importante manter comunicação com a escola para estar a par do comportamento do filho no dia a dia.
Fonte: Medical Site
28 de Janeiro de 2022